sexta-feira, 1 de julho de 2011

Justin Bierber é o ídolo de minha filha!

É o que dizem muitas mães atualmente e alguns pais também. Em tempos remotos, mesmo em tempos remotos, ouvíamos falar de alguém conhecido e víamos seu rosto (sim, há controvérsias, mas em favor da
crônica e de seu autor façamos de conta que tudo é verdade), cito como exemplo o caso dos imperadores romanos que mesmo cercados de guardas e quase inacessíveis tinham sua face exposta pela cunha de moedas. Ao menos Júlio César tinha, mas quanto às minhas incertezas viremos a página, nada disso vem ao caso. Na verdade nem sei mais do que estou falando.

Bem, lembrei-me. Estava falando sobre pessoas notórias, Justin Bieber é uma delas, no entanto, eu, sinceramente, nunca vi o tal fulano. Já ouvi alguma coisa dele, algo como baby, baby, baby (repetindo assim até completar trezentas e vinte sete vezes). Até pouco tempo atrás os heróis morriam de overdose, hoje eles figuram nos mais vistos do Youtube.

Antigamente para ter sucesso não bastava ter uma cara de pintinho e um cabelo de Playmobil, era preciso ter o charme de Elvis, o talento de Sinatra, a identidade dos Beatles ou a ousadia dos Stones. O que houve com os super-heróis? O mundo mudou? Ele é o mesmo, com menos razões para viver!

Em minha juventude tinha o sonho de lutar ao lado do Guevara, hoje vejo a juventude lutando pela liberalização da maconha! Antes lutávamos pela democracia, hoje leiloamos nosso voto! Depois que a Xuxa foi abduzida por aquela nave em que ela iniciava seus programas, as crianças ficaram órfãs, hoje admiram Lady Gaga, o Bieber e o Restart. Antes lutávamos a favor da igualdade racial, em prol dos direitos da mulher. Hoje somos assaltados o tempo com impostos abusivos, que por sua vez são desviados por políticos corruptos que nós mesmos elegemos. E estes mesmos corruptos ainda roubam nossa vaga no estacionamento do shopping pra gastar o nosso dinheiro. E o detalhe é que o carro é fornecido pela União para auxiliá-los no cumprimento de seu dever.

Questiono-me sobre os ídolos de agora e percebo uma imensa linha de produção criando uma imensidade de LIXO! A herança de Ford em tempos de Bill Gates. Produzir cada vez mais em cada vez menos. A cultura segue a mesma esteira produtiva. Os tempos modernos de Chaplin estão presentes agora em nosso museu de grandes novidades.

A mídia fomenta esses heróis do pop, influenciada pelo mundo capitalista ocidental e os transforma em pedagogos e educadores. Não os culpo, nem a mídia. Essa formação deve ser gerida pelos pais. Se estes não estivessem mais preocupados nos lançamentos desses mesmos “heróis”.

Momento Desciclopédia:

O Chaves sobre o Bieber:

- Que tonto!

Eustácio Bagge sobre Justin:

- Idiota!

O Pelé sobre ele:

- Quem? O Maradona?

Senhor de engenho sobre Bieber:

- Bastardo!

Neo Charles sobre ele:

- Hein?

O Google sobre Justin:

- Você quis dizer just in time?

Antigamente, quando eu tentava esboçar algumas páginas de qualquer coisa, utilizava uma máquina de escrever preta, que naquela época já era velha... Bebia uísque (barato, mas não deixava de ser uísque). Hoje teclo em um computador conectado a internet, com a Wikipédia, Aurélio e o Google aberto. Comendo Cheetos de bolinha, sabor queijo, tomando Coca-Cola (apesar de dar estrias) e de sobremesa um chocolate Prestígio. Incrível como que essa mistura tem gosto de feijão recém-cozido!

- Nelson! Onde está o Cheetos? Sobre a mesa só vejo alguns comprimidos e um copo d'água!


Nelson Rodrigues de Azevedo.

original em:
http://quiproquoo.blogspot.com/

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